Tiradentes (eigentlich Joaquim José da Silva Xavier; * 1746; † 21. April 1792 in Rio de Janeiro (hingerichtet)) war ein Verschwörer gegen die portugiesische Kolonialmacht in Minas Gerais und ist heute Nationalheld Brasiliens.
Tiradentes wird 1746 unter dem Namen Joaquim José da Silva Xavier in bescheidenen Verhältnissen geboren. Er stammt aus der Nähe von São João del Rei in Minas Gerais. Früh verwaist, verdient er sich sein Geld mit Zahnziehen (daher sein portugiesischer Name Tiradentes = Zahnzieher).
Im Militär bringt er es zum Fähnrich, aber eine weitere militärische Karriere wird ihm wegen seiner Herkunft verwehrt. Ein von ihm ausgearbeiteter Vorschlag zur Kanalisierung in Rio de Janeiro scheitert am Widerstand portugiesischer Beamter.
Minas Gerais ist zu dieser Zeit in wirtschaftlichen Schwierigkeiten. Reichhaltige Goldfunde hatten seine Hauptstadt, das heutige Ouro Preto, zur reichsten und größten Stadt des brasilianischen Westens gemacht. Als die Goldfunde in den 1760er Jahren weniger werden, droht die Gegend unter der Last der Abgaben, die an Portugal zu zahlen sind, zu verarmen.
Es bildet sich eine Verschwörung, der besonders auch die Reichen der Region angehören. Ziel der "Inconfidencia Mineira" ist, nach dem Vorbild der USA die Unabhängigkeit zu erlangen und die Sklaverei abzuschaffen. Tiradentes schließt sich dieser Gruppe an und wird ihr Führer.
Die Gruppe wird von Joaquim Silvério dos Reis verraten. Am 21. April 1792 wird Tiradentes (ungeklärterweise) als einziger der Verschwörer in Rio de Janeiro hingerichtet. Sein Kopf wird auf dem Hauptplatz von Vila Rica, dem heutigen Ouro Preto, zur Schau gestellt; dieser Platz heißt heute Praça Tiradentes.
Dreißig Jahre später wird Brasilien unabhängig und man erklärt Tiradentes zum ersten Nationalhelden des Landes. Der 21. April ist heute Feiertag.
segunda-feira, 4 de junho de 2007
Purim
Purim (פּוּרִים, em hebraico padrão Purim, em hebraico tiberiano Pûrîm: plural de פּוּר pûr, do acadiano pūru) é um feriado judaico que comemora a salvação dos judeus persas do plano do malvado Hamã para exterminá-los, tal como está escrito no Livro de Ester. De acordo com esse livro, a festa foi instituída como festa nacional pelos protagonistas do livro, Mordecai e Ester. O purim é celebrado anualmente no 14º dia do mês hebraico de Adar. (Num pequeno número de cidades que eram muradas na antiguidade, comemora-se no 15º dia.) Purim comemora a vitória da sobrevivência judaica sob domínio persa. Os acontecimentos descritos no Livro de Ester (Megilá) ocorreram por volta de 450 anos antes da Era Comum.
O nome "Purim" vem da palavra hebraica "pur", que significa "sorteio". Este era o método usado por Haman, o Primeiro-Ministro do Rei Achashverosh da Pérsia, para escolher a data na qual ele pretendia massacrar os judeus do pais.
Mas os planos de Haman foram frustrados pela coragem da Rainha Ester e seu primo, Mordechai. Arriscando sua própria vida, Ester fez um apelo ao Rei para que salvasse seu povo, e a ordem de Haman foi revogada. Assim, aqueles dias fatais transformaram-se, conforme a linguagem da Megilá que lemos em Purim, "de tristeza em alegria", e o 14.° dia do mês de Adar é comemorado festivamente.
A história de Purim ressalta uma triste verdade, muito relevante em nossos dias. O povo judeu, ou qualquer outra minoria, torna-se sempre vulnerável quando fanáticos sobem ao poder. O extremismo - seja religioso, social ou político - só leva ao terror e à violência. desenfreada.
Esta comemoração provavelmente deriva do festival babilônico chamado Zakmuk e alguns estudiosos cogitam inclusive que os nomes de Esther e Mordecai derivam dos deuses Ishtar e Marduk, no qual um falso rei (um criminoso condenado à morte) era, após alguns dias de "realeza" (durante os quais tinha absoluta liberdade, podendo até mesmo utilizar-se do harém real), era privado de sua "dignidade emprestada", despido, escarnecido e, por fim, sacrificado. Havia festivais como estes em Roma (Saturnalia) e na Pérsia, bem como celebrações semelhantes em homenagem aos vários deuses que viviam ciclos de morte e renascimento (Tammuz, Mitra, Attis, Melkart, Adonis, Dioniso, Osiris etc.), todos eles inspirados nos ciclos da natureza, que continuamente "morre" no inverno para "ressuscitar" na primavera. (vide Arthur Drey, "The Christ Myth")
Obtido em "http://pt.wikipedia.org/wiki/Purim"
O nome "Purim" vem da palavra hebraica "pur", que significa "sorteio". Este era o método usado por Haman, o Primeiro-Ministro do Rei Achashverosh da Pérsia, para escolher a data na qual ele pretendia massacrar os judeus do pais.
Mas os planos de Haman foram frustrados pela coragem da Rainha Ester e seu primo, Mordechai. Arriscando sua própria vida, Ester fez um apelo ao Rei para que salvasse seu povo, e a ordem de Haman foi revogada. Assim, aqueles dias fatais transformaram-se, conforme a linguagem da Megilá que lemos em Purim, "de tristeza em alegria", e o 14.° dia do mês de Adar é comemorado festivamente.
A história de Purim ressalta uma triste verdade, muito relevante em nossos dias. O povo judeu, ou qualquer outra minoria, torna-se sempre vulnerável quando fanáticos sobem ao poder. O extremismo - seja religioso, social ou político - só leva ao terror e à violência. desenfreada.
Esta comemoração provavelmente deriva do festival babilônico chamado Zakmuk e alguns estudiosos cogitam inclusive que os nomes de Esther e Mordecai derivam dos deuses Ishtar e Marduk, no qual um falso rei (um criminoso condenado à morte) era, após alguns dias de "realeza" (durante os quais tinha absoluta liberdade, podendo até mesmo utilizar-se do harém real), era privado de sua "dignidade emprestada", despido, escarnecido e, por fim, sacrificado. Havia festivais como estes em Roma (Saturnalia) e na Pérsia, bem como celebrações semelhantes em homenagem aos vários deuses que viviam ciclos de morte e renascimento (Tammuz, Mitra, Attis, Melkart, Adonis, Dioniso, Osiris etc.), todos eles inspirados nos ciclos da natureza, que continuamente "morre" no inverno para "ressuscitar" na primavera. (vide Arthur Drey, "The Christ Myth")
Obtido em "http://pt.wikipedia.org/wiki/Purim"
Chanucá
Chanucá ou Hanucá (חנכה ḥănukkāh ou חנוכה ḥănūkkāh) é uma festa judaica, também conhecido como o Festival das luzes. "Chanucá é uma palavra hebraica que significa "dedicação" ou "inauguração". A primeira noite de Chanucá começa após o por-do-sol do 24º dia do mês judaico de Kislev e a festa é comemorada por oito dias. Uma vez que na tradição judaica o dia do calendário começa no por-do-sol, o Chanucá começa no 25º dia.
Por volta do ano de 200 a.C. os judeus viviam como um povo autônomo na terra de Israel, o qual a essa época era controlada pelo rei selêucida da Síria. O povo judeu pagava impostos à Síria e aceitava sua autoridade legal, e eram absolutamente livres para seguir sua própria fé, manter seus empregos e se dedicar ao comércio.
Em 180 a.C. Antíoco IV Epifanes ascendeu ao trono selêucida. Braço remanescente do império grego, encontrou barreiras para sua dominação completa sobre o povo judeu, e o modo mais prático para resolver isso era dominar de vez a região de Israel (mais precisamente a Judéia, ao sul) impondo de maneira firme a cultura da Grécia sobre os judeus, eliminado, assim, aquilo que os unificava em qualquer lugar que estivessem: a Torá. O rei Antíoco ordenou que todos aqueles que estavam sob seu domínio (em específico Israel) abandonassem sua religião e seus costumes. No caso dos pagãos isso não era problema, mas no caso dos judeus isso não funcionou, ao menos em parte. Muitos judeus, principalmente os mais ricos, aderiram ao helenismo (cultura grega) e ficaram odiados e conhecidos pelos judeus mais pobres como "helenizantes", uma vez que ficavam tentando fazer a cabeça do resto dos judeus para também seguirem a cultura grega. Antíoco queria transformar Jerusalém em uma "pólis" (cidade) grega, e conseguiu.
Em 167 a.C., após acabar com uma revolta dos judeus de Jerusalém, Antíoco ordenou a construção de um altar para Zeus erguido no Templo, fazendo sacrifícios de animais imundos (não kasher) sobre o altar, e proibiu a Torá de ser lida e praticada, sendo morto todo aquele que descumprisse tal ordem.
Na cidade de Modim (sul de Jerusalém) acontece oficialmente a ofensiva contra contra os greco-sírios liderada por Matatias (Matitiahu) (um sacerdote judeu de família dos Hasmoneus) e seus cinco filhos João, Simão, Eliézer, Jonatas e Judas (Yehudá). Após sua morte, Yehudá toma à frente da batalha com um pequenino exército formando em sua grande maioria de camponeses, onde venceram o forte exército de Antíoco no ano 164 a.C e libertaram Jerusalém purificando o Templo Sagrado. Judas acabou conhecido como Judas Macabeu (Judas, o Martelo).
O festival de Chanucá foi instituído por Judas Macabeu e seus irmãos para celebrar esse evento. (Mac. 1 vers. 59). Após terem recuperado Jerusalém e o Templo, Judá ordenou que o Templo fosse limpo, um novo altar construído no lugar daquele poluído e novos objetos sagrados fossem feitos. Quando o fogo foi devidamente renovado sobre o altar e as lâmpadas dos candelabros foram acesas, a dedicação do altar foi celebrada por oito dias entre sacrifícios e músicas (Mac. 1 vers. 36).
Até aqui, viu-se a vitória do pequenino exército judeu, esse foi o primeiro milagre. O segundo milagre é mais sobrenatural e deu origem à festa de Chanuká. Após a purificação da Cidade Santa e da Casa de Deus, foi constatado que só havia um jarrinho de azeite puro no Templo com o selo intacto do Cohen Gadol (Sumo Sacerdote) para que as luzes da Menorá fossem acesas, e isso duraria apenas um dia, mas milagrosamente durou oito dias, tempo suficiente para que um novo azeite puro fosse produzido e levado ao templo para o seu devido fim conforme manda a Torá (Ex 27:20-21). A Judéia ficou independente até a chegada do domínio romano em 63 a.C. A festa é realizada no dia 25 de Kislev (cai normalmente em dezembro), data onde o Templo foi reedificado. É uma festa marcada pelo clima familiar e pela grande alegria. Encontramos os fragmentos históricos de Chanuká nos livros "apócrifos" (secretos) de I e II Macabeus e também em escritos talmúdicos. Os acontecimentos de Chanuká serviram para preparar o caminho do Messias. O mandamento principal de Chanuká hoje é o acendimento da Chanukia (Menorá - candelabro - de 9 braços). Oito braços são para lembrar o milagre dos oito dias em que a Menorá ficou acesa com azeite que era para ter durado apenas um dia! O outro braço, que é chamado de "shamash" - servente - é um braço auxiliar para o acendimento das outras velas. Segundo a tradição, somente ele (o shamash) pode ser usado para, se for o caso, iluminar a casa ou para outro fim, sendo que as outras velas só podem servir para o cumprimento do mandamento. A cada noite um nova vela é acrescentada até que se completem as nove. Outras tradições como brincar com o "sevivon" (pião) onde em cada lado dele estão escritas as iniciais da frase "nes gadol hayá sham" (um grande milagre aconteceu lá - em Israel) são válidas, e para quem está em Israel a última palavra da frase é "pó" (aqui). Também há o costume de servir alimentos como sonho com geléia (sufganyot) e panquecas de batata (latkes).
Um grande número de historiadores acreditam que a razão pelos oito dias de comemoração foi que o primeiro Chanucá foi de fato uma tardia comemoração do festival de Sucot, a Festa das Cabanas (Mac. x. 6 e i. 9). Durante a guerra os judeus não puderam celebrar Sucot propriamente. Sucot também dura oito dias, e foi uma festa na qual as lâmpadas tiveram um papel fundamental durante o período do Segundo Templo (Suc.v. 2-4). Luzes também eram acesas nos lares e o nome popular do festival era, portanto, segundo Flávio Josefo ([1] Antiguidades judaicas xii. 7, § 7, #323) o "Festival das Luzes" ("E daquela época até aqui nós celebramos esse festival, e o chamamos de Luzes"). Foi notado que os festivais judaicos estavam ligados à colheita das sete frutas bíblicas na qual Israel ficou famoso. Pessach é a comemoração da colheita da cevada, Shavuot do trigo, Sucot dos figos, tamareiras, romãs e uvas, e Chanucá das olivas. A colheita das olivas é em Novembro e o óleo de oliva ficaria pronto para o Chanucá em Dezembro.
Por volta do ano de 200 a.C. os judeus viviam como um povo autônomo na terra de Israel, o qual a essa época era controlada pelo rei selêucida da Síria. O povo judeu pagava impostos à Síria e aceitava sua autoridade legal, e eram absolutamente livres para seguir sua própria fé, manter seus empregos e se dedicar ao comércio.
Em 180 a.C. Antíoco IV Epifanes ascendeu ao trono selêucida. Braço remanescente do império grego, encontrou barreiras para sua dominação completa sobre o povo judeu, e o modo mais prático para resolver isso era dominar de vez a região de Israel (mais precisamente a Judéia, ao sul) impondo de maneira firme a cultura da Grécia sobre os judeus, eliminado, assim, aquilo que os unificava em qualquer lugar que estivessem: a Torá. O rei Antíoco ordenou que todos aqueles que estavam sob seu domínio (em específico Israel) abandonassem sua religião e seus costumes. No caso dos pagãos isso não era problema, mas no caso dos judeus isso não funcionou, ao menos em parte. Muitos judeus, principalmente os mais ricos, aderiram ao helenismo (cultura grega) e ficaram odiados e conhecidos pelos judeus mais pobres como "helenizantes", uma vez que ficavam tentando fazer a cabeça do resto dos judeus para também seguirem a cultura grega. Antíoco queria transformar Jerusalém em uma "pólis" (cidade) grega, e conseguiu.
Em 167 a.C., após acabar com uma revolta dos judeus de Jerusalém, Antíoco ordenou a construção de um altar para Zeus erguido no Templo, fazendo sacrifícios de animais imundos (não kasher) sobre o altar, e proibiu a Torá de ser lida e praticada, sendo morto todo aquele que descumprisse tal ordem.
Na cidade de Modim (sul de Jerusalém) acontece oficialmente a ofensiva contra contra os greco-sírios liderada por Matatias (Matitiahu) (um sacerdote judeu de família dos Hasmoneus) e seus cinco filhos João, Simão, Eliézer, Jonatas e Judas (Yehudá). Após sua morte, Yehudá toma à frente da batalha com um pequenino exército formando em sua grande maioria de camponeses, onde venceram o forte exército de Antíoco no ano 164 a.C e libertaram Jerusalém purificando o Templo Sagrado. Judas acabou conhecido como Judas Macabeu (Judas, o Martelo).
O festival de Chanucá foi instituído por Judas Macabeu e seus irmãos para celebrar esse evento. (Mac. 1 vers. 59). Após terem recuperado Jerusalém e o Templo, Judá ordenou que o Templo fosse limpo, um novo altar construído no lugar daquele poluído e novos objetos sagrados fossem feitos. Quando o fogo foi devidamente renovado sobre o altar e as lâmpadas dos candelabros foram acesas, a dedicação do altar foi celebrada por oito dias entre sacrifícios e músicas (Mac. 1 vers. 36).
Até aqui, viu-se a vitória do pequenino exército judeu, esse foi o primeiro milagre. O segundo milagre é mais sobrenatural e deu origem à festa de Chanuká. Após a purificação da Cidade Santa e da Casa de Deus, foi constatado que só havia um jarrinho de azeite puro no Templo com o selo intacto do Cohen Gadol (Sumo Sacerdote) para que as luzes da Menorá fossem acesas, e isso duraria apenas um dia, mas milagrosamente durou oito dias, tempo suficiente para que um novo azeite puro fosse produzido e levado ao templo para o seu devido fim conforme manda a Torá (Ex 27:20-21). A Judéia ficou independente até a chegada do domínio romano em 63 a.C. A festa é realizada no dia 25 de Kislev (cai normalmente em dezembro), data onde o Templo foi reedificado. É uma festa marcada pelo clima familiar e pela grande alegria. Encontramos os fragmentos históricos de Chanuká nos livros "apócrifos" (secretos) de I e II Macabeus e também em escritos talmúdicos. Os acontecimentos de Chanuká serviram para preparar o caminho do Messias. O mandamento principal de Chanuká hoje é o acendimento da Chanukia (Menorá - candelabro - de 9 braços). Oito braços são para lembrar o milagre dos oito dias em que a Menorá ficou acesa com azeite que era para ter durado apenas um dia! O outro braço, que é chamado de "shamash" - servente - é um braço auxiliar para o acendimento das outras velas. Segundo a tradição, somente ele (o shamash) pode ser usado para, se for o caso, iluminar a casa ou para outro fim, sendo que as outras velas só podem servir para o cumprimento do mandamento. A cada noite um nova vela é acrescentada até que se completem as nove. Outras tradições como brincar com o "sevivon" (pião) onde em cada lado dele estão escritas as iniciais da frase "nes gadol hayá sham" (um grande milagre aconteceu lá - em Israel) são válidas, e para quem está em Israel a última palavra da frase é "pó" (aqui). Também há o costume de servir alimentos como sonho com geléia (sufganyot) e panquecas de batata (latkes).
Um grande número de historiadores acreditam que a razão pelos oito dias de comemoração foi que o primeiro Chanucá foi de fato uma tardia comemoração do festival de Sucot, a Festa das Cabanas (Mac. x. 6 e i. 9). Durante a guerra os judeus não puderam celebrar Sucot propriamente. Sucot também dura oito dias, e foi uma festa na qual as lâmpadas tiveram um papel fundamental durante o período do Segundo Templo (Suc.v. 2-4). Luzes também eram acesas nos lares e o nome popular do festival era, portanto, segundo Flávio Josefo ([1] Antiguidades judaicas xii. 7, § 7, #323) o "Festival das Luzes" ("E daquela época até aqui nós celebramos esse festival, e o chamamos de Luzes"). Foi notado que os festivais judaicos estavam ligados à colheita das sete frutas bíblicas na qual Israel ficou famoso. Pessach é a comemoração da colheita da cevada, Shavuot do trigo, Sucot dos figos, tamareiras, romãs e uvas, e Chanucá das olivas. A colheita das olivas é em Novembro e o óleo de oliva ficaria pronto para o Chanucá em Dezembro.
Shabat
Shabat ou Shabbat (do hebraico שבת, shabbāt, "descanso"; Shabbos ou Shabbes na pronúncia asquenazi) é o nome dado ao dia de descanso semanal no Judaísmo, sendo observado a partir do pôr-do-sol da sexta-feira até o pôr-do-sol do sábado. De acordo com a tradição judaica, o dia de Shabat foi ordenado por Deus como um dia de descanso após a Criação.
Yom Kippur
O Yom Kippur ( do hebraico יום כיפור yom kippūr) marca o início do Kippur, e é um dos dias mais importantes do judaísmo.No calendário hebreu, o Yom Kippur começa no crepúsculo que inicia o décimo dia do mês hebreu de Tishrei (o que coincide com Setembro ou Outubro), continuando até ao seguinte pôr do sol.
Seguem-se as datas dos próximos dias Yom Kippur no calendário rabínico:
Existem 5 proibições no Yom Kippur:
Comer (desde um pouco antes do pôr-do-sol de Domingo(dia 15) até o nascer das estrelas da segunda-feira, (dia 16);
Usar calçados de couro;
Relacionamento conjugal;
Passar cremes, desodorante, etc. no corpo;
Banhar-se por prazer.
A essência destas proibições é causar aflição ao corpo, dando, então, prioridade à alma. Pela perspectiva judaica, o ser humano é constituído pelo yétzer hatóv (o desejo de fazer as coisas corretamente, que é identificado com a alma) e o yétzer hará (o desejo de seguir os próprios instintos, que corresponde ao corpo). Nosso desafio na vida é "sincronizar" nosso corpo com o yétzer hatóv. Uma analogia é feita no Talmud entre um cavalo (o corpo) e um cavaleiro (a alma). É sempre melhor o cavaleiro estar em cima do cavalo!
Durante um longo ano comete o homem toda sorte de erros, atropelos, voluntários, involuntários. O processo da teshuvá (arrependimento, retorno ao bem) não poderá realizar-se magicamente em um dia. A tradição judia coloca ao mês de EluI, último do ano, como prefácio para ir preparando o homem para a reflexão profunda, até o grande caminho interior. Cedo, nas manhãs de Elul se ouve o som do shofar: Desperta povo!
Uma semana antes de Rosh Hashaná, também durante a madrugada, se dizem as orações que se chamam "selichot" - perdões). O 1º de Tishri é o grande dia, a base para um ano novo e um novo ano de vida. Depois seguirão nove dias até o dia do perdão. Dez dias, para aprofundar-se dentro de si, afastar o mal, aproximar o bem. O processo chega a sua culminância no dia 10º de Tishri : Iom Kippur.
A espiação, Kippur, na raiz hebraica, refere-se ao "que cobre", ou seja, o castigo que envolve o ato perverso. Tudo o que se pode anular, deter ou parar é o castigo; mas não o ato cometido; esse ato está aí e a única maneira de superá-la é através de uma transcendental modificação da conduta pessoal posterior. Os atos são do homem, seguirão sendo dele, e a conseqüência, sua responsabilidade. Deus pode apagar o castigo, não o ato. O jejum - que acompanha todo o dia do perdão - por sua parte não faz milagre. O jejum do dia não sacrifica nada a favor de Deus, sendo que tal idéia seria eminentemenle pagã. O que faz é reconcentrar o homem em seu espírito, afastá-lo, por algumas horas, da servidão do homem ao corpo e a suas necessidades.
Observa-se também que as más ações ou transgressões têm duas polaridades: uma do homem em relação ao homem e a outra, do homem em relação a Deus. A primeira é a da vida diária, exterior, social e inter-humana. A outra, do âmbito da alma, é o segredo da consciência. A primeira é coisa de homens, e os homens têm de resolvê-la: "As transgressões que vão de homem a homem, não são espiadas pelo lom Kippur, se antes não forem perdoadas pelo próximo ".
Daí que se costuma pedir previamente o perdão de nossos semelhantes, se eles não perdoam, Deus não poderá intervir.
Jejum no Yom Kippur
É o dia do perdão - quando Deus perdoa a todo Israel. Durante esse dia, nada pode ser comido ou bebido, inclusive água. Não é permitido lavar a boca, escovar os dentes ou banhar o corpo. Somente o rosto e as mãos podem ser lavados pela manhã, antes das orações. Não se pode carregar nada, acender fogo, fumar, nem usar eletricidade. O jejum não é permitido para crianças menores de 9 anos, pessoas gravemente enfermas, mulheres grávidas e aquelas que deram a luz há menos de trinta dias.
Se uma pessoa enquanto estiver jejuando passar mal, a ponto de quase desmaiar, deve-se lhe dar comida até que se recupere. Se houver perigo de uma epidemia, e os médicos da cidade aconselharem que é necessário comer a fim de resistir à moléstia, exige-se que todos comam.
Existem outras proibições, além daquelas contra trabalhar, comer ou beber. As relações conjugais são proibidas, bem como o uso de perfumes e ungüentos, exceto para fins médicos. Além disso, sapatos e outras peças da indumentária feitas de couro não podem ser usadas na Yom Kippur, pois não se pode usar nenhum material para o qual seja necessário matar um animal.
Após o Yom Kippur, espera-se que haja festa e alegria, não perdendo de vista o fato de que o Yom Kippur é um dia santo de júbilo.
Seguem-se as datas dos próximos dias Yom Kippur no calendário rabínico:
Existem 5 proibições no Yom Kippur:
Comer (desde um pouco antes do pôr-do-sol de Domingo(dia 15) até o nascer das estrelas da segunda-feira, (dia 16);
Usar calçados de couro;
Relacionamento conjugal;
Passar cremes, desodorante, etc. no corpo;
Banhar-se por prazer.
A essência destas proibições é causar aflição ao corpo, dando, então, prioridade à alma. Pela perspectiva judaica, o ser humano é constituído pelo yétzer hatóv (o desejo de fazer as coisas corretamente, que é identificado com a alma) e o yétzer hará (o desejo de seguir os próprios instintos, que corresponde ao corpo). Nosso desafio na vida é "sincronizar" nosso corpo com o yétzer hatóv. Uma analogia é feita no Talmud entre um cavalo (o corpo) e um cavaleiro (a alma). É sempre melhor o cavaleiro estar em cima do cavalo!
Durante um longo ano comete o homem toda sorte de erros, atropelos, voluntários, involuntários. O processo da teshuvá (arrependimento, retorno ao bem) não poderá realizar-se magicamente em um dia. A tradição judia coloca ao mês de EluI, último do ano, como prefácio para ir preparando o homem para a reflexão profunda, até o grande caminho interior. Cedo, nas manhãs de Elul se ouve o som do shofar: Desperta povo!
Uma semana antes de Rosh Hashaná, também durante a madrugada, se dizem as orações que se chamam "selichot" - perdões). O 1º de Tishri é o grande dia, a base para um ano novo e um novo ano de vida. Depois seguirão nove dias até o dia do perdão. Dez dias, para aprofundar-se dentro de si, afastar o mal, aproximar o bem. O processo chega a sua culminância no dia 10º de Tishri : Iom Kippur.
A espiação, Kippur, na raiz hebraica, refere-se ao "que cobre", ou seja, o castigo que envolve o ato perverso. Tudo o que se pode anular, deter ou parar é o castigo; mas não o ato cometido; esse ato está aí e a única maneira de superá-la é através de uma transcendental modificação da conduta pessoal posterior. Os atos são do homem, seguirão sendo dele, e a conseqüência, sua responsabilidade. Deus pode apagar o castigo, não o ato. O jejum - que acompanha todo o dia do perdão - por sua parte não faz milagre. O jejum do dia não sacrifica nada a favor de Deus, sendo que tal idéia seria eminentemenle pagã. O que faz é reconcentrar o homem em seu espírito, afastá-lo, por algumas horas, da servidão do homem ao corpo e a suas necessidades.
Observa-se também que as más ações ou transgressões têm duas polaridades: uma do homem em relação ao homem e a outra, do homem em relação a Deus. A primeira é a da vida diária, exterior, social e inter-humana. A outra, do âmbito da alma, é o segredo da consciência. A primeira é coisa de homens, e os homens têm de resolvê-la: "As transgressões que vão de homem a homem, não são espiadas pelo lom Kippur, se antes não forem perdoadas pelo próximo ".
Daí que se costuma pedir previamente o perdão de nossos semelhantes, se eles não perdoam, Deus não poderá intervir.
Jejum no Yom Kippur
É o dia do perdão - quando Deus perdoa a todo Israel. Durante esse dia, nada pode ser comido ou bebido, inclusive água. Não é permitido lavar a boca, escovar os dentes ou banhar o corpo. Somente o rosto e as mãos podem ser lavados pela manhã, antes das orações. Não se pode carregar nada, acender fogo, fumar, nem usar eletricidade. O jejum não é permitido para crianças menores de 9 anos, pessoas gravemente enfermas, mulheres grávidas e aquelas que deram a luz há menos de trinta dias.
Se uma pessoa enquanto estiver jejuando passar mal, a ponto de quase desmaiar, deve-se lhe dar comida até que se recupere. Se houver perigo de uma epidemia, e os médicos da cidade aconselharem que é necessário comer a fim de resistir à moléstia, exige-se que todos comam.
Existem outras proibições, além daquelas contra trabalhar, comer ou beber. As relações conjugais são proibidas, bem como o uso de perfumes e ungüentos, exceto para fins médicos. Além disso, sapatos e outras peças da indumentária feitas de couro não podem ser usadas na Yom Kippur, pois não se pode usar nenhum material para o qual seja necessário matar um animal.
Após o Yom Kippur, espera-se que haja festa e alegria, não perdendo de vista o fato de que o Yom Kippur é um dia santo de júbilo.
Rosh Hashaná
Rosh Hashaná (em hebraico ראש השנה , literalmente "cabeça do ano") é o nome dado ao ano-novo dentro do judaísmo. Dentro da tradição rabínica , o Rosh Hashaná ocorre no primeiro dia do mês de Tishrei, primeiro ano do calendário judaico rabínico e sétimo mês do calendário bíblico.
A Torá refere-se a este dia como o Dia da Aclamação ( Yom Teruá Levítico 23:24), pelo que os judeus caraítas seguem esta data mas não o consideram como príncipio do ano.
Já a literatura rabínica diz que foi neste dia que Adão e Eva foram criados e neste mesmo dia incorreram em erro ao tomar da árvore da ciência do bem e do mal. Também teria sido neste dia que Caim teria matado seu irmão Abel. Por isto considera-se este dia como Dia de Julgamento (Yom ha-Din) e Dia de Lembrança (Yom ha-Zikkaron), o início de um período de instrospecção e meditação de dez dias ( Yamim Noraim) que culminará no Yom Kipur, um período no qual se crê o Criador julga os homens.
Calendário do ano novo judaico
A comemoração é efetuada durante os dois primeiros dias de Tishrei conforme o costume pós-exílico para se garantir a comemoração no dia correto nas comunidades da Diáspora.
A celebração começa ao anoitecer na vespéra com o toque do shofar. É costume se comer certos alimentos representativos durante o Rosh Hashaná como maçãs com mel e açúcar para representar um ano doce. Durante a tarde do primeiro dia se realiza o tashlikh, um costume de recitar-se certas preces e jogar pedras ou pedaços de pão na água como um símbolo da eliminação dos pecados.
Durante os Yamim Noraim muitas orações (selichot) e poemas religiosos ( piyuttim) são entoados junto com as orações normais.
A Torá refere-se a este dia como o Dia da Aclamação ( Yom Teruá Levítico 23:24), pelo que os judeus caraítas seguem esta data mas não o consideram como príncipio do ano.
Já a literatura rabínica diz que foi neste dia que Adão e Eva foram criados e neste mesmo dia incorreram em erro ao tomar da árvore da ciência do bem e do mal. Também teria sido neste dia que Caim teria matado seu irmão Abel. Por isto considera-se este dia como Dia de Julgamento (Yom ha-Din) e Dia de Lembrança (Yom ha-Zikkaron), o início de um período de instrospecção e meditação de dez dias ( Yamim Noraim) que culminará no Yom Kipur, um período no qual se crê o Criador julga os homens.
Calendário do ano novo judaico
A comemoração é efetuada durante os dois primeiros dias de Tishrei conforme o costume pós-exílico para se garantir a comemoração no dia correto nas comunidades da Diáspora.
A celebração começa ao anoitecer na vespéra com o toque do shofar. É costume se comer certos alimentos representativos durante o Rosh Hashaná como maçãs com mel e açúcar para representar um ano doce. Durante a tarde do primeiro dia se realiza o tashlikh, um costume de recitar-se certas preces e jogar pedras ou pedaços de pão na água como um símbolo da eliminação dos pecados.
Durante os Yamim Noraim muitas orações (selichot) e poemas religiosos ( piyuttim) são entoados junto com as orações normais.
Pessach
Pessach (do hebraico פסח, ou seja, passagem) é o nome da festa judaica que celebra a liberdade. Comemora o êxodo para o Egito, quando os israelitas se tornaram livres. Começa no 15° dia do mês judaico de nisan e prolonga-se por oito dias. Os Judeus de Israel e os judeus reformados o comemoram por sete dias.
O nome Pessach origina-se da passagem bíblica das Dez pragas do Egito. Um anjo exterminador matou o primogênito de cada lar egípcio, mas passou pelas casas dos judeus. O nome refere-se também à passagem dos israelitas da escravidão para a liberdade. Algumas vezes é também chamada de Festa do Pão ázimo, porque os judeus cozinharam pão sem fermento, chamado matzah, antes de partirem do Egito. Os judeus tradicionalistas comem matzah ao invés de pão durante o Pessach.
Durante o Pessach é realizado um jantar especial chamado de Seder de Pessach. Desta refeição somente devem participar judeus e gentios convertidos ao judaísmo. Neste sêder a história do Êxodo do Egito é narrada, e se faz as leituras das bençãos, das histórias, a partir de um livro chamado Haggadah.
O Seder de Pessach
A cada geração cada ser humano deve é a ordem a ser seguida no Seder de Pessach:
Kadesh (קדש - santificação) - Recitação do kidush e a ingestão do primeiro copo de vinho.
Urchatz (ורחץ - lavagem) - Lavagem de mãos.
Karpas (כרפס) - Mergulha-se karpas (batata, ou outro vegetal), em água salgada. Recita-se a benção e a karpas é comida em lembrança às lágrimas do sofrimento do povo de Israel .
Yachatz (יחץ - divisão da matzá) - A matzá é partida ao meio e embrulha-se o pedaço maior e separando-o de lado para o Afikoman .
Maguid (מגיד - conto) - Conta-se a história do êxodo do Egito e sobre a instituição de Pessach.Inclui a recitação das "Quatro perguntas" e bebe-se o segundo copo de vinho.
Rachatzá (רחצה - lavagem) - Segunda lavagem de mãos.
Motzi Matzá (מוציא מצה)- O chefe da casa ergue os três pedaços de matzá e faz as bençãos das matzot .As matzot são partidas e distribuídas.
O nome Pessach origina-se da passagem bíblica das Dez pragas do Egito. Um anjo exterminador matou o primogênito de cada lar egípcio, mas passou pelas casas dos judeus. O nome refere-se também à passagem dos israelitas da escravidão para a liberdade. Algumas vezes é também chamada de Festa do Pão ázimo, porque os judeus cozinharam pão sem fermento, chamado matzah, antes de partirem do Egito. Os judeus tradicionalistas comem matzah ao invés de pão durante o Pessach.
Durante o Pessach é realizado um jantar especial chamado de Seder de Pessach. Desta refeição somente devem participar judeus e gentios convertidos ao judaísmo. Neste sêder a história do Êxodo do Egito é narrada, e se faz as leituras das bençãos, das histórias, a partir de um livro chamado Haggadah.
O Seder de Pessach
A cada geração cada ser humano deve é a ordem a ser seguida no Seder de Pessach:
Kadesh (קדש - santificação) - Recitação do kidush e a ingestão do primeiro copo de vinho.
Urchatz (ורחץ - lavagem) - Lavagem de mãos.
Karpas (כרפס) - Mergulha-se karpas (batata, ou outro vegetal), em água salgada. Recita-se a benção e a karpas é comida em lembrança às lágrimas do sofrimento do povo de Israel .
Yachatz (יחץ - divisão da matzá) - A matzá é partida ao meio e embrulha-se o pedaço maior e separando-o de lado para o Afikoman .
Maguid (מגיד - conto) - Conta-se a história do êxodo do Egito e sobre a instituição de Pessach.Inclui a recitação das "Quatro perguntas" e bebe-se o segundo copo de vinho.
Rachatzá (רחצה - lavagem) - Segunda lavagem de mãos.
Motzi Matzá (מוציא מצה)- O chefe da casa ergue os três pedaços de matzá e faz as bençãos das matzot .As matzot são partidas e distribuídas.
mais um pouco sobre pasqua
sugerido por alguns historiadores que muitos dos atuais símbolos ligados à Páscoa (especialmente os ovos de chocolate, ovos coloridos e o coelhinho da Páscoa) são resquícios culturais da festividade de primavera em honra de Eostre que, depois, foram assimilados às celebrações cristãs do Pessach, depois da cristianização dos pagãos germânicos. Contudo, já os persas, romanos, judeus e armênios tinham o hábito de oferecer e receber ovos coloridos por esta época.
Ishtar tinha alguns rituais de caráter sexual, uma vez que era a deusa da fertilidade, outros rituais tinham a ver com libações e outras ofertas corporais.
Um ritual importante ocorria no equinócio da primavera, onde os participantes pintavam e decoravam ovos (símbolo da fertilidade) e os escondiam e enterravam em tocas nos campos. Este ritual foi adaptado pela Igreja Católica no principio do 1º milênio depois de Cristo, fundindo-a com outra festa popular da altura chamada de Páscoa. Mesmo assim, o ritual da decoração dos ovos de Páscoa mantém-se um pouco por todo o mundo nesta festa, quando ocorre o equinócio da primavera.
Desfile de Páscoa em Madrid, Espanha
Ovo de Páscoa
O hábito de dar ovos de verdade vem da tradição pagã! Agradeça aos confeiteiros franceses o ovo que você come na Páscoa hoje ser feito de chocolate. Caso contrário, você ganharia um belíssimo ovo de galinha para celebrar a data.
A tradição de presentear com ovos - de verdade mesmo - é muito, muito antiga. Na Ucrânia, por exemplo, centenas de anos antes de era cristã já se trocavam ovos pintados com motivos de natureza - lá eles têm até nome, pêssanka - em celebração à chegada da primavera.
Os chineses e os povos do Mediterrâneo também tinham como hábito dar ovos uns aos outros para comemorar a estação do ano. Para deixá-los coloridos, cozinhavam-nos com beterrabas.
Mas os ovos não eram para ser comidos. Eram apenas um presente que simbolizava o início da vida. A tradição de homenagear essa estação do ano continuou durante a Idade Média entre os povos pagãos da Europa.
Eles celebravam Ostera, a deusa da primavera, simbolizada por uma mulher que segurava um ovo em sua mão e observava um coelho, representante da fertilidade, pulando alegremente ao redor de seus pés.
Os cristãos se apropriaram da imagem do ovo para festejar a Páscoa, que celebra a ressurreição de Jesus - o Concílio de Nicéia, realizado em 325, estabeleceu o culto à data. Na época, pintavam os ovos (geralmente de galinha, gansa ou codorna) com imagens de figuras religiosas, como o próprio Jesus e sua mãe, Maria.
Na Inglaterra do século X, os ovos ficaram ainda mais sofisticados. O rei Eduardo I (900-924) costumava presentear a realeza e seus súditos com ovos banhados em ouro ou decorados com pedras preciosas na Páscoa. Não é difícil imaginar por que esse hábito não teve muito futuro.
Foram necessários mais 800 anos para que, no século XVIII, confeiteiros franceses tivessem a idéia de fazer os ovos com chocolate - iguaria que aparecera apenas dois séculos antes na Europa, vinda da então recém-descoberta América. Surgido por volta de 1500 a.C., na região do golfo do México, o chocolate era considerado sagrado pelas civilizações Maias e Astecas. A imagem do coelho apareceu na mesma época, associada à criação por causa de sua grande prole.
A data da Páscoa Cristã
A data da Páscoa foi fixada no primeiro concílio de Nicéia, no ano de 325.
Assim, a Páscoa cristã é comemorada (segundo o costume da Idade Média e da Europa) no primeiro domingo após a primeira Lua cheia da Primavera (no Hemisfério Sul, Outono).: a data ocorre entre os dias 22 de Março e 25 de Abril.
A decisão equalizava todas as correntes cristãs, mas é bem provável que nenhum método de cálculo da data tenha sido explicitamente indicado.
Essa decisão não foi sem discussão. Havia o problema da coincidência da data da Páscoa com as festas pagãs do início da Primavera. As igrejas da Ásia, principalmente, acreditavam que devia ser seguida a data do sacrifício do cordeiro em Pessach (14 de Nissan), que seria a data exata da morte de Cristo.
Ishtar tinha alguns rituais de caráter sexual, uma vez que era a deusa da fertilidade, outros rituais tinham a ver com libações e outras ofertas corporais.
Um ritual importante ocorria no equinócio da primavera, onde os participantes pintavam e decoravam ovos (símbolo da fertilidade) e os escondiam e enterravam em tocas nos campos. Este ritual foi adaptado pela Igreja Católica no principio do 1º milênio depois de Cristo, fundindo-a com outra festa popular da altura chamada de Páscoa. Mesmo assim, o ritual da decoração dos ovos de Páscoa mantém-se um pouco por todo o mundo nesta festa, quando ocorre o equinócio da primavera.
Desfile de Páscoa em Madrid, Espanha
Ovo de Páscoa
O hábito de dar ovos de verdade vem da tradição pagã! Agradeça aos confeiteiros franceses o ovo que você come na Páscoa hoje ser feito de chocolate. Caso contrário, você ganharia um belíssimo ovo de galinha para celebrar a data.
A tradição de presentear com ovos - de verdade mesmo - é muito, muito antiga. Na Ucrânia, por exemplo, centenas de anos antes de era cristã já se trocavam ovos pintados com motivos de natureza - lá eles têm até nome, pêssanka - em celebração à chegada da primavera.
Os chineses e os povos do Mediterrâneo também tinham como hábito dar ovos uns aos outros para comemorar a estação do ano. Para deixá-los coloridos, cozinhavam-nos com beterrabas.
Mas os ovos não eram para ser comidos. Eram apenas um presente que simbolizava o início da vida. A tradição de homenagear essa estação do ano continuou durante a Idade Média entre os povos pagãos da Europa.
Eles celebravam Ostera, a deusa da primavera, simbolizada por uma mulher que segurava um ovo em sua mão e observava um coelho, representante da fertilidade, pulando alegremente ao redor de seus pés.
Os cristãos se apropriaram da imagem do ovo para festejar a Páscoa, que celebra a ressurreição de Jesus - o Concílio de Nicéia, realizado em 325, estabeleceu o culto à data. Na época, pintavam os ovos (geralmente de galinha, gansa ou codorna) com imagens de figuras religiosas, como o próprio Jesus e sua mãe, Maria.
Na Inglaterra do século X, os ovos ficaram ainda mais sofisticados. O rei Eduardo I (900-924) costumava presentear a realeza e seus súditos com ovos banhados em ouro ou decorados com pedras preciosas na Páscoa. Não é difícil imaginar por que esse hábito não teve muito futuro.
Foram necessários mais 800 anos para que, no século XVIII, confeiteiros franceses tivessem a idéia de fazer os ovos com chocolate - iguaria que aparecera apenas dois séculos antes na Europa, vinda da então recém-descoberta América. Surgido por volta de 1500 a.C., na região do golfo do México, o chocolate era considerado sagrado pelas civilizações Maias e Astecas. A imagem do coelho apareceu na mesma época, associada à criação por causa de sua grande prole.
A data da Páscoa Cristã
A data da Páscoa foi fixada no primeiro concílio de Nicéia, no ano de 325.
Assim, a Páscoa cristã é comemorada (segundo o costume da Idade Média e da Europa) no primeiro domingo após a primeira Lua cheia da Primavera (no Hemisfério Sul, Outono).: a data ocorre entre os dias 22 de Março e 25 de Abril.
A decisão equalizava todas as correntes cristãs, mas é bem provável que nenhum método de cálculo da data tenha sido explicitamente indicado.
Essa decisão não foi sem discussão. Havia o problema da coincidência da data da Páscoa com as festas pagãs do início da Primavera. As igrejas da Ásia, principalmente, acreditavam que devia ser seguida a data do sacrifício do cordeiro em Pessach (14 de Nissan), que seria a data exata da morte de Cristo.
Páscoa
A Páscoa (do hebraico Pessach, significando passagem) é um evento religioso cristão, normalmente considerado pelas igrejas ligadas a esta corrente religiosa como a maior e a mais importante festa da cristandade. Na Páscoa os cristãos celebram a Ressurreição de Jesus Cristo (Vitória sobre a morte) depois da sua morte por crucificação (ver Sexta-Feira Santa) que teria ocorrido nesta altura do ano em 30 ou 33 d.C. O termo pode referir-se também ao período do ano canônico que dura cerca de dois meses a partir desta data até ao Pentecostes.
Os eventos da Páscoa teriam ocorrido durante o Pessach, data em que os judeus comemoram a libertação e fuga de seu povo escravizado no Egipto (Portugal, África e Timor) Egito (Brasil).
A palavra Páscoa advém, exatamente do nome em hebraico da festa judaica à qual a Páscoa cristã está intimamente ligada, não só pelo sentido simbólico de “passagem”, comum às celebrações pagãs (passagem do inverno para a primavera) e judaicas (da escravatura no Egito para a liberdade na Terra prometida), mas também pela posição da Páscoa no calendário, segundo os cálculos que se indicam a seguir.
A última ceia partilhada por Jesus e pelos discípulos é considerada, geralmente, um “seder do pesach” – a refeição ritual que acompanha a festividade judaica, se nos atermos à cronologia proposta pelos Evangelhos sinópticos. O Evangelho de João propõe uma cronologia distinta, ao situar a morte de Cristo por altura da hecatombe dos cordeiros do Pesach. Assim, a última ceia teria ocorrido um pouco antes desta festividade.
Os termos "Easter" (Ishtar) e "Ostern" (em inglês e alemão, respectivamente) parecem não ter qualquer relação etimológica com o Pesach(páscoa). As hipóteses mais aceitas relacionam os termos com Eostremonat, nome de um antigo mês germânico, ou de Eostre, uma deusa germânica relacionada com a primavera que era homenageada todos os anos, no mês de Eostremonat, de acordo com o historiador inglês do século VII, Beda.
Os eventos da Páscoa teriam ocorrido durante o Pessach, data em que os judeus comemoram a libertação e fuga de seu povo escravizado no Egipto (Portugal, África e Timor) Egito (Brasil).
A palavra Páscoa advém, exatamente do nome em hebraico da festa judaica à qual a Páscoa cristã está intimamente ligada, não só pelo sentido simbólico de “passagem”, comum às celebrações pagãs (passagem do inverno para a primavera) e judaicas (da escravatura no Egito para a liberdade na Terra prometida), mas também pela posição da Páscoa no calendário, segundo os cálculos que se indicam a seguir.
A última ceia partilhada por Jesus e pelos discípulos é considerada, geralmente, um “seder do pesach” – a refeição ritual que acompanha a festividade judaica, se nos atermos à cronologia proposta pelos Evangelhos sinópticos. O Evangelho de João propõe uma cronologia distinta, ao situar a morte de Cristo por altura da hecatombe dos cordeiros do Pesach. Assim, a última ceia teria ocorrido um pouco antes desta festividade.
Os termos "Easter" (Ishtar) e "Ostern" (em inglês e alemão, respectivamente) parecem não ter qualquer relação etimológica com o Pesach(páscoa). As hipóteses mais aceitas relacionam os termos com Eostremonat, nome de um antigo mês germânico, ou de Eostre, uma deusa germânica relacionada com a primavera que era homenageada todos os anos, no mês de Eostremonat, de acordo com o historiador inglês do século VII, Beda.
"Feliz Natal" em várias línguas
Saudação "Feliz Natal" em várias línguas
Albanês - Gezur Krislinjden
Alemão - Frohe Weihnacht
Armênio - Shenoraavor Nor Dari yev Pari Gaghand
Bretão - Nedeleg laouen
Catalão - Bon Nadal
Coreano - Chuk Sung Tan
Croato - Čestit Božić
Espanhol - Feliz Navidad
Esperanto - Gajan Kristnaskon
Finlandês - Hyvää joulua
Francês - Joyeux Noël
Grego - Kala Christougena
Magyar - Kellemes Karácsonyt
Inglês - Merry Christmas
Italiano - Buon Natale
Japonês - Merii Kurisumasu (modificação de merry xmas)
Mandarim - Kung His Hsin Nien
Norueguês - GOD JUL
Occitan - Buon Nadal
Polaco - Wesołych Świąt Bożego Narodzenia
Português - Feliz Natal
Romeno - Sarbatori Fericite
Russo - S prazdnikom Rozdestva Hristova
Tcheco - Klidné prožití Vánoc
Sueco - God Jul
Ucraniano - Srozhdestvom Kristovym
Albanês - Gezur Krislinjden
Alemão - Frohe Weihnacht
Armênio - Shenoraavor Nor Dari yev Pari Gaghand
Bretão - Nedeleg laouen
Catalão - Bon Nadal
Coreano - Chuk Sung Tan
Croato - Čestit Božić
Espanhol - Feliz Navidad
Esperanto - Gajan Kristnaskon
Finlandês - Hyvää joulua
Francês - Joyeux Noël
Grego - Kala Christougena
Magyar - Kellemes Karácsonyt
Inglês - Merry Christmas
Italiano - Buon Natale
Japonês - Merii Kurisumasu (modificação de merry xmas)
Mandarim - Kung His Hsin Nien
Norueguês - GOD JUL
Occitan - Buon Nadal
Polaco - Wesołych Świąt Bożego Narodzenia
Português - Feliz Natal
Romeno - Sarbatori Fericite
Russo - S prazdnikom Rozdestva Hristova
Tcheco - Klidné prožití Vánoc
Sueco - God Jul
Ucraniano - Srozhdestvom Kristovym
natal
O Natal é a solenidade cristã que celebra o nascimento de Jesus Cristo. A data para sua celebração é o dia 25 de Dezembro, pela Igreja Católica Romana e, o dia 7 de Janeiro, pela Igreja Ortodoxa.
Após a celebração anual da Páscoa, a comemoração mais venerável para a Igreja é o Natal do Senhor e suas primeiras manifestações. Ainda sendo uma festa cristã, é encarado universalmente por pessoas dos diversos credos como o dia consagrado à reunião da familia, à paz, à fraternidade e à solidariedade entre os homens.
Nas línguas latinas o vocábulo Natal deriva de Natividade, ou seja, referente ao nascimento de Jesus. Em inglês o termo utilizado é Christmas, literalmente "Missa de Cristo". Já na língua alemã, é Weihnachten e têm o significado "Noite Bendita".
Entre as várias versões sobre a procedência da árvore de Natal, a maioria delas indicando a Alemanha como país de origem, a mais aceita atribui a novidade ao padre Martinho Lutero (1483-1546), autor da Reforma Protestante do século XVI. Olhando para o céu através de uns pinheiros que cercavam a trilha, viu-o intensamente estrelado parecendo-lhe um colar de diamantes encimando a copa das árvores. Tomado pela beleza daquilo, decidiu arrancar um galho para levar para casa. Lá chegando, entusiasmado, colocou o pequeno pinheiro num vaso com terra e, chamando a esposa e os filhos, decorou-o com pequenas velas acesas afincadas nas pontas dos ramos. Arrumou em seguida papéis coloridos para enfeitá-lo mais um tanto. Era o que ele vira lá fora. Afastando-se, todos ficaram pasmos ao verem aquela árvore iluminada a quem parecia terem dado vida. Nascia assim a árvore de Natal. Queria, assim, mostrar as crianças como deveria ser o céu na noite do nascimento de Cristo. Na Roma Antiga, os Romanos penduravam máscaras de Baco em pinheiros para comemorar uma festa chamada de "Saturnália", que coincidia com o nosso Natal.
Presépio
Ver artigo principal: Presépio.
Presépio tradicional português - com musgo, vegetação e peças de cerâmica avulsasAs esculturas e quadros que enfeitavam os templos para ensinar os fiéis, além das representações teatrais semi-litúrgicas que aconteciam durante a Missa de Natal serviram de inspiração para que se criasse o presépio. A tradição católica diz que o presépio (do lat. praesepio) surgiu em 1223, quando São Francisco de Assis quis celebrar o Natal de um modo o mais realista possível e, com a permissão do Papa, montou um presépio de palha, com uma imagem do Menino Jesus, da Virgem Maria e de José, juntamente com um boi e um jumento vivos e vários outros animais. Nesse cenário, foi celebradada a Missa de Natal.
O sucesso dessa representação do Presépio foi tanta que rapidamente se estendeu por toda a Itália. Logo se introduziu nas casas nobres européias e de lá foi descendo até as classes mais pobres. Na Espanha, a tradição chegou pela mão do Rei Carlos III, que a importou de Nápoles no Século XVIII. Sua popularidade nos lares espanhóis e latino-americanos se estendeu ao longo do Século XIX, e na França, não o fez até inícios do Século XX. Em todas as religiões cristãs, é consensual que o Presépio é o único simbolo do Natal de Jesus verdadeiramente inspirado nos Evangelhos.
Decorações natalícias
Decoração de Natal em Shopping Center em Porto Alegre, BrasilUma outra tradição do Natal é a decoração de casas, edifícios, elementos estáticos, como postes, pontes e árvores, estabelecimentos comerciais, prédios públicos e cidades com elementos que representam o Natal, como, por exemplo, as luzes de natal e guirlandas. Em alguns lugares, existe até uma competição para ver qual casa, ou estabelecimento, teve a decoração mais bonita, com direito a receber um prémio.
Amigo secreto ou oculto
No Brasil, é muito comum a prática entre amigos, funcionários de uma empresa, amigos e colegas de escola e na família, da brincadeira do amigo oculto (secreto). Essa brincadeira consiste de cada pessoa selecionar um nome de uma outra pessoa que esteja participando desta (obviamente a pessoa não pode sortear ela mesma) e presenteá-la no dia, ou na véspera. É comum que sejam dadas dicas sobre o amigo oculto, como características físicas ou qualidades, até que todos descubram quem é o amigo oculto. Alguns dizem características totalmente opostas para deixar a brincadeira ainda mais divertida.
Depois de muito tempo celebrando o Natal como o nascimento de Jesus Cristo, a não muito tempo atrás o Natal surgiu como forma de aquecer o mercado consumidor num período que não havia muitas vendas, devido as festas de final de ano (hemisfério norte) ou pelas férias (hemisfério sul). Desta forma a celebração do Natal está surgindo como mais uma ferramentas de marketing, e por este motivo o foco na celebração, na festa da família e do encontro dos amigos, faz com que pessoas solitárias ou que recentemente sofreram perdas possuem uma tendência mais forte para ficarem em depressão durante o Natal. Isso aumenta a demanda por serviços de apoio psicológico durante o período. Se não bastasse, muitos acidentes rodoviários devidos a motoristas alcoolizados, a excessos de velocidade e a manobras perigosas ceifam vidas desnecessariamente.
Natal no Marketing
Nos países predominamente cristãos, o Natal tornou-se o feriado mais rentável para estabelecimentos comerciais e também é celebrado como feriado secundário em países onde cristãos são minoria. É altamente caracterizado pela troca de presentes entre família e amigos, e presentes que são trazidos pelo Papai Noel (ou Pai Natal em Portugal) ou outros personagens. Tradições locais de Natal ainda são ricas e variadas, apesar da alta influência dos costumes natalinos de estado-unidenses e britânicos através da literatura, televisão, e outros modos. Hoje, como dito anteriormente, o Natal está sendo uma forma de comercialização no período. Até mesmo em países não cristãos (islâmicos) o Natal serve como forma comercial.
Após a celebração anual da Páscoa, a comemoração mais venerável para a Igreja é o Natal do Senhor e suas primeiras manifestações. Ainda sendo uma festa cristã, é encarado universalmente por pessoas dos diversos credos como o dia consagrado à reunião da familia, à paz, à fraternidade e à solidariedade entre os homens.
Nas línguas latinas o vocábulo Natal deriva de Natividade, ou seja, referente ao nascimento de Jesus. Em inglês o termo utilizado é Christmas, literalmente "Missa de Cristo". Já na língua alemã, é Weihnachten e têm o significado "Noite Bendita".
Entre as várias versões sobre a procedência da árvore de Natal, a maioria delas indicando a Alemanha como país de origem, a mais aceita atribui a novidade ao padre Martinho Lutero (1483-1546), autor da Reforma Protestante do século XVI. Olhando para o céu através de uns pinheiros que cercavam a trilha, viu-o intensamente estrelado parecendo-lhe um colar de diamantes encimando a copa das árvores. Tomado pela beleza daquilo, decidiu arrancar um galho para levar para casa. Lá chegando, entusiasmado, colocou o pequeno pinheiro num vaso com terra e, chamando a esposa e os filhos, decorou-o com pequenas velas acesas afincadas nas pontas dos ramos. Arrumou em seguida papéis coloridos para enfeitá-lo mais um tanto. Era o que ele vira lá fora. Afastando-se, todos ficaram pasmos ao verem aquela árvore iluminada a quem parecia terem dado vida. Nascia assim a árvore de Natal. Queria, assim, mostrar as crianças como deveria ser o céu na noite do nascimento de Cristo. Na Roma Antiga, os Romanos penduravam máscaras de Baco em pinheiros para comemorar uma festa chamada de "Saturnália", que coincidia com o nosso Natal.
Presépio
Ver artigo principal: Presépio.
Presépio tradicional português - com musgo, vegetação e peças de cerâmica avulsasAs esculturas e quadros que enfeitavam os templos para ensinar os fiéis, além das representações teatrais semi-litúrgicas que aconteciam durante a Missa de Natal serviram de inspiração para que se criasse o presépio. A tradição católica diz que o presépio (do lat. praesepio) surgiu em 1223, quando São Francisco de Assis quis celebrar o Natal de um modo o mais realista possível e, com a permissão do Papa, montou um presépio de palha, com uma imagem do Menino Jesus, da Virgem Maria e de José, juntamente com um boi e um jumento vivos e vários outros animais. Nesse cenário, foi celebradada a Missa de Natal.
O sucesso dessa representação do Presépio foi tanta que rapidamente se estendeu por toda a Itália. Logo se introduziu nas casas nobres européias e de lá foi descendo até as classes mais pobres. Na Espanha, a tradição chegou pela mão do Rei Carlos III, que a importou de Nápoles no Século XVIII. Sua popularidade nos lares espanhóis e latino-americanos se estendeu ao longo do Século XIX, e na França, não o fez até inícios do Século XX. Em todas as religiões cristãs, é consensual que o Presépio é o único simbolo do Natal de Jesus verdadeiramente inspirado nos Evangelhos.
Decorações natalícias
Decoração de Natal em Shopping Center em Porto Alegre, BrasilUma outra tradição do Natal é a decoração de casas, edifícios, elementos estáticos, como postes, pontes e árvores, estabelecimentos comerciais, prédios públicos e cidades com elementos que representam o Natal, como, por exemplo, as luzes de natal e guirlandas. Em alguns lugares, existe até uma competição para ver qual casa, ou estabelecimento, teve a decoração mais bonita, com direito a receber um prémio.
Amigo secreto ou oculto
No Brasil, é muito comum a prática entre amigos, funcionários de uma empresa, amigos e colegas de escola e na família, da brincadeira do amigo oculto (secreto). Essa brincadeira consiste de cada pessoa selecionar um nome de uma outra pessoa que esteja participando desta (obviamente a pessoa não pode sortear ela mesma) e presenteá-la no dia, ou na véspera. É comum que sejam dadas dicas sobre o amigo oculto, como características físicas ou qualidades, até que todos descubram quem é o amigo oculto. Alguns dizem características totalmente opostas para deixar a brincadeira ainda mais divertida.
Depois de muito tempo celebrando o Natal como o nascimento de Jesus Cristo, a não muito tempo atrás o Natal surgiu como forma de aquecer o mercado consumidor num período que não havia muitas vendas, devido as festas de final de ano (hemisfério norte) ou pelas férias (hemisfério sul). Desta forma a celebração do Natal está surgindo como mais uma ferramentas de marketing, e por este motivo o foco na celebração, na festa da família e do encontro dos amigos, faz com que pessoas solitárias ou que recentemente sofreram perdas possuem uma tendência mais forte para ficarem em depressão durante o Natal. Isso aumenta a demanda por serviços de apoio psicológico durante o período. Se não bastasse, muitos acidentes rodoviários devidos a motoristas alcoolizados, a excessos de velocidade e a manobras perigosas ceifam vidas desnecessariamente.
Natal no Marketing
Nos países predominamente cristãos, o Natal tornou-se o feriado mais rentável para estabelecimentos comerciais e também é celebrado como feriado secundário em países onde cristãos são minoria. É altamente caracterizado pela troca de presentes entre família e amigos, e presentes que são trazidos pelo Papai Noel (ou Pai Natal em Portugal) ou outros personagens. Tradições locais de Natal ainda são ricas e variadas, apesar da alta influência dos costumes natalinos de estado-unidenses e britânicos através da literatura, televisão, e outros modos. Hoje, como dito anteriormente, o Natal está sendo uma forma de comercialização no período. Até mesmo em países não cristãos (islâmicos) o Natal serve como forma comercial.
sexta-feira, 1 de junho de 2007
universo
A palavra universo (do latim universus, "todo inteiro", composto de unus e versus) tem várias acepções, podendo ser designado como "a totalidade das coisas objeto de um estudo que se vai fazer ou de um tema do qual se vai tratar". Portanto, o termo pode ser designado como a "Totalidade das coisas". Na linguagem quotidiana poderíamos dizer "Universo da Política", "Universo dos Jogos", "Universo Feminino"... Isso são particularizações da palavra. Se quisermos designar a totalidade do todo físico e real, a definição aplicada terá carácter cosmológico.
Universo - definição cosmológica
Conjunto de estrelas, planetas, galáxias e outros objetos celestes inseridos no sistema espaço-temporal que obedecem às leis da física.
Esta definição, embora bastante vasta, é ainda incompleta frente aos avanços do conhecimento e da agregação cada vez maior de antes desconhecidas e que passam a ter comprovação científica
Origem
O Big Bang, ou, na verdade grande expansão, também conhecido como modelo da grande explosão térmica, parte do princípio de Friedmann, segundo o qual enquanto o Universo se expande, a radiação contida e a matéria se esfriam. Para entender a teoria do Big Bang, deve-se em primeiro lugar entender a expansão do Universo, de um ponto A para um ponto B; assim, podemos, a partir deste momento, retroceder no espaço, portanto no tempo, até o Big Bang.
Sabe-se que a matéria primordial - muitos acreditam ser o hidrogênio - ao aglomerar-se gravitacionalmente deu origem às primeiras galáxias, onde surgiram posteriormente estrelas e planetas, num processo de expansão que ainda está em marcha, desde há cerca de 13,7 mil milhões de anos (no Brasil, bilhões de anos).
Futuro
Nesta altura, é ainda impossível garantir que o Universo continuará a expandir-se infinitamente, levando à desagregação de toda a matéria e à sua morte, ou se eventualmente essa expansão abrandará e se iniciará um processo de condensação. Este última hipótese, que sustenta a possibilidade da ocorrência de um fenômeno inverso ao Big Bang, o Big Crunch, leva à conclusão de que este Universo poderá ser apenas uma instância distinta de um conjunto mais vasto, a que outros 'Big Bangs' e 'Big Crunches' deram origem. O filósofo alemão Friedrich Nietzsche propôs a hipótese, na sua teoria do Eterno retorno, de que o Universo e todos os acontecimentos que contém se repetem ou repetirão eternamente da mesma forma.
Universo - definição cosmológica
Conjunto de estrelas, planetas, galáxias e outros objetos celestes inseridos no sistema espaço-temporal que obedecem às leis da física.
Esta definição, embora bastante vasta, é ainda incompleta frente aos avanços do conhecimento e da agregação cada vez maior de antes desconhecidas e que passam a ter comprovação científica
Origem
O Big Bang, ou, na verdade grande expansão, também conhecido como modelo da grande explosão térmica, parte do princípio de Friedmann, segundo o qual enquanto o Universo se expande, a radiação contida e a matéria se esfriam. Para entender a teoria do Big Bang, deve-se em primeiro lugar entender a expansão do Universo, de um ponto A para um ponto B; assim, podemos, a partir deste momento, retroceder no espaço, portanto no tempo, até o Big Bang.
Sabe-se que a matéria primordial - muitos acreditam ser o hidrogênio - ao aglomerar-se gravitacionalmente deu origem às primeiras galáxias, onde surgiram posteriormente estrelas e planetas, num processo de expansão que ainda está em marcha, desde há cerca de 13,7 mil milhões de anos (no Brasil, bilhões de anos).
Futuro
Nesta altura, é ainda impossível garantir que o Universo continuará a expandir-se infinitamente, levando à desagregação de toda a matéria e à sua morte, ou se eventualmente essa expansão abrandará e se iniciará um processo de condensação. Este última hipótese, que sustenta a possibilidade da ocorrência de um fenômeno inverso ao Big Bang, o Big Crunch, leva à conclusão de que este Universo poderá ser apenas uma instância distinta de um conjunto mais vasto, a que outros 'Big Bangs' e 'Big Crunches' deram origem. O filósofo alemão Friedrich Nietzsche propôs a hipótese, na sua teoria do Eterno retorno, de que o Universo e todos os acontecimentos que contém se repetem ou repetirão eternamente da mesma forma.
quarta-feira, 30 de maio de 2007
carnaval
O Carnaval é um período de festas regidas pelo ano lunar que tem suas origens na Antiguidade e recuperadas pelo Cristianismo, que começava no dia de Reis (Epifania) e acabava na Quarta-feira de cinzas, às vésperas da Quaresma. O período do Carnaval era marcado pelo "adeus à carne" ou "carne nada vale" dando origem ao termo "Carnaval". Durante o período do Carnaval havia uma grande concentração de festejos populares. Cada cidade brincava a seu modo, de acordo com seus costumes. O Carnaval moderno, feito de desfiles e fantasias, é produto da sociedade vitoriana do século XIX. As cidades de Paris e Veneza foram os grandes modelos exportadores da festa carnavalesca para o mundo. Cidades como Nice, Nova Orleans, Toronto e Rio de Janeiro se inspirariam no Carnaval francês para implantar suas novas festas carnavalescas.
Atualmente o Carnaval do Rio de Janeiro, Brasil é considerado um dos mais importantes desfiles do mundo. Em Portugal, existe uma grande tradição carnavalesca, nomeadamente os Carnavais de Podence, Ovar, Loulé, Sesimbra, Rio Maior, Torres Vedras e Sines, destacando-se o de Torres Vedras, Carnaval de Torres, por possuir o Carnaval mais antigo e dito o mais português de Portugal, que se mantém popular e fiel à tradição rejeitando o samba e outros estrangeirismos
O carnaval é considerado uma das festas populares mais animadas e representativas do mundo. Tem sua origem no entrudo português, onde, no passado, as pessoas jogavam uma nas outras, água, ovos e farinha. O entrudo acontecia num período anterior a quaresma e, portanto, tinha um significado ligado a liberdade. Este sentido permanece até os dias de hoje no Carnaval.
O entrudo chegou ao Brasil por volta do século XVII e foi influenciado pelas festas carnavalescas que aconteciam na Europa. Em países como Itália e França, o carnaval ocorria em formas de desfiles urbanos, onde os carnavalescos usavam máscaras e fantasias. Personagens como a colombina, o pierrô e o Rei Momo também foram incorporados ao carnaval brasileiro, embora sejam de origem européia.
No Brasil, no final do século XIX, começam a aparecer os primeiros blocos carnavalescos, cordões e os famosos "corsos". Estes últimos, tornaram-se mais populares no começo dos séculos XX. As pessoas se fantasiavam, decoravam seus carros e, em grupos, desfilavam pelas ruas das cidades. Está ai a origem dos carros alegóricos, típicos das escolas de samba atuais.
No século XX o carnaval foi crescendo e tornando-se cada vez mais uma festa popular. Esse crescimento ocorreu com a ajuda das marchinhas carnavalescas. As músicas deixavam o carnaval cada vez mais animado.
A primeira escola de samba surgiu no Rio de Janeiro e chamava-se Deixa Falar. Foi criada pelo sambista carioca chamado Ismael Silva. Anos mais tarde a Deixa Falar transformou-se na escola de samba Estácio de Sá. A partir dai o carnaval de rua começa a ganhar um novo formato. Começam a surgir novas escolas de samba no Rio de Janeiro e em São Paulo. Organizadas em Ligas de Escolas de Samba, começam os primeiros campeonatos para verificar qual escola de samba era mais bonita e animada.
O carnaval de rua manteve suas tradições originais na região Nordeste do Brasil. Em cidades como Recife e Olinda, as pessoas saem as ruas durante o carnaval no ritmo do frevo e do maracatu.
Na cidade de Salvador, existem os trios elétricos, embalados por músicas dançantes de cantores e grupos típicos da região. Na cidade destacam-se também os blocos negros como o Olodum e o Ileyaê, além dos blocos de rua e do Afoxé Filhos de Gandhi.
Atualmente o Carnaval do Rio de Janeiro, Brasil é considerado um dos mais importantes desfiles do mundo. Em Portugal, existe uma grande tradição carnavalesca, nomeadamente os Carnavais de Podence, Ovar, Loulé, Sesimbra, Rio Maior, Torres Vedras e Sines, destacando-se o de Torres Vedras, Carnaval de Torres, por possuir o Carnaval mais antigo e dito o mais português de Portugal, que se mantém popular e fiel à tradição rejeitando o samba e outros estrangeirismos
O carnaval é considerado uma das festas populares mais animadas e representativas do mundo. Tem sua origem no entrudo português, onde, no passado, as pessoas jogavam uma nas outras, água, ovos e farinha. O entrudo acontecia num período anterior a quaresma e, portanto, tinha um significado ligado a liberdade. Este sentido permanece até os dias de hoje no Carnaval.
O entrudo chegou ao Brasil por volta do século XVII e foi influenciado pelas festas carnavalescas que aconteciam na Europa. Em países como Itália e França, o carnaval ocorria em formas de desfiles urbanos, onde os carnavalescos usavam máscaras e fantasias. Personagens como a colombina, o pierrô e o Rei Momo também foram incorporados ao carnaval brasileiro, embora sejam de origem européia.
No Brasil, no final do século XIX, começam a aparecer os primeiros blocos carnavalescos, cordões e os famosos "corsos". Estes últimos, tornaram-se mais populares no começo dos séculos XX. As pessoas se fantasiavam, decoravam seus carros e, em grupos, desfilavam pelas ruas das cidades. Está ai a origem dos carros alegóricos, típicos das escolas de samba atuais.
No século XX o carnaval foi crescendo e tornando-se cada vez mais uma festa popular. Esse crescimento ocorreu com a ajuda das marchinhas carnavalescas. As músicas deixavam o carnaval cada vez mais animado.
A primeira escola de samba surgiu no Rio de Janeiro e chamava-se Deixa Falar. Foi criada pelo sambista carioca chamado Ismael Silva. Anos mais tarde a Deixa Falar transformou-se na escola de samba Estácio de Sá. A partir dai o carnaval de rua começa a ganhar um novo formato. Começam a surgir novas escolas de samba no Rio de Janeiro e em São Paulo. Organizadas em Ligas de Escolas de Samba, começam os primeiros campeonatos para verificar qual escola de samba era mais bonita e animada.
O carnaval de rua manteve suas tradições originais na região Nordeste do Brasil. Em cidades como Recife e Olinda, as pessoas saem as ruas durante o carnaval no ritmo do frevo e do maracatu.
Na cidade de Salvador, existem os trios elétricos, embalados por músicas dançantes de cantores e grupos típicos da região. Na cidade destacam-se também os blocos negros como o Olodum e o Ileyaê, além dos blocos de rua e do Afoxé Filhos de Gandhi.
FESTA JUNINA!!!
O mês de junho é marcado por fogueiras, danças, comidas típicas e muitas bandeirinhas em todo o país, apesar das peculiaridades e características próprias de cada região brasileira.
A tradição de festejar o dia de São João veio de Portugal.
As comemorações se iniciam no dia 12/06, véspera do Dia de Santo Antônio e terminam no dia 29, dia de São Pedro. O auge da festa acontece entre os dias 23 e 24, o Dia de São João propriamente dito.
A quadrilha é uma dança francesa que surgiu no final do século XVIII e tem suas raízes nas antigas contradanças inglesas. Ela foi trazida ao Brasil no início do século XIX, passando a ser dançada nos salões da corte e da aristocracia.
Com o passar do tempo, a quadrilha passou a integrar o repertório de cantores e compositores brasileiros e tornou-se uma dança de caráter popular.
No Nordeste, as Festas Juninas são um evento tão grande quanto o Carnaval carioca. A festa de Campina Grande, na Paraíba, atrai milhares de pessoas e disputa com Caruaru, em Pernambuco, o título de maior São João do Mundo!!!
O Prato Feito colocou a sua disposição tudo que precisa para fazer seu próprio Arraiá : as danças, o folclore e o mais importante, as receitas!!!
Divirta-se nessa grande festa do nosso folclore com a famíla e amigos. Você vai curtir muito!
A tradição de festejar o dia de São João veio de Portugal.
As comemorações se iniciam no dia 12/06, véspera do Dia de Santo Antônio e terminam no dia 29, dia de São Pedro. O auge da festa acontece entre os dias 23 e 24, o Dia de São João propriamente dito.
A quadrilha é uma dança francesa que surgiu no final do século XVIII e tem suas raízes nas antigas contradanças inglesas. Ela foi trazida ao Brasil no início do século XIX, passando a ser dançada nos salões da corte e da aristocracia.
Com o passar do tempo, a quadrilha passou a integrar o repertório de cantores e compositores brasileiros e tornou-se uma dança de caráter popular.
No Nordeste, as Festas Juninas são um evento tão grande quanto o Carnaval carioca. A festa de Campina Grande, na Paraíba, atrai milhares de pessoas e disputa com Caruaru, em Pernambuco, o título de maior São João do Mundo!!!
O Prato Feito colocou a sua disposição tudo que precisa para fazer seu próprio Arraiá : as danças, o folclore e o mais importante, as receitas!!!
Divirta-se nessa grande festa do nosso folclore com a famíla e amigos. Você vai curtir muito!
domingo, 13 de maio de 2007
Nova prótese auditiva filtra sons indesejados
Com aparelho desenvolvido na UnB, usuário poderá escolher o que ouvir. Novidade está em fase de testes, mas irá fornecer melhora na qualidade de vida.
Um novo aparelho auditivo capaz de selecionar um som específico que o usuário queira ouvir, melhorando sua qualidade de vida em ambientes com muitos ruídos, está sendo desenvolvido por pesquisadores da Universidade de Brasília (UnB). A novidade ainda está em processo de construção do protótipo, mas deve permitir no futuro que um aluno em sala de aula, por exemplo, escolha a direção de sensibilidade da prótese para a voz da professora. Deste modo, mesmo que ela ou o aluno se movam, o aparelho “ressaltaria” sua voz, eliminando outros barulhos. “Na prótese convencional, o aparelho amplifica todos os sons. A idéia é que o usuário possa escolher qual locutor quer ouvir. Em simulações, ele funciona. Vamos agora para a aplicação prática, tentando contornar problemas como qualidade, tipo de processamento, tempo e tamanho”, disse ao G1 Ricardo Zelenovsky, professor adjunto do Departamento de Enegenharia Elétrica da UnB, coordenador do projeto, que também conta com a participação de alunos.
A construção do aparelho é baseada em uma série de microfones, com um certo espaçamento entre eles. O som, uma onda que se propaga pelo ar, chega com variedades de atraso aos microfones, dependendo de sua direção. Por eles, é possível construir um algoritmo que deixa passar sinais com determinados atrasos e rejeita os dos demais -- o sinal escolhido fica melhor do que os outros. Por isso, o sistema seria melhor para ambientes nos quais o usuário quer escutar apenas uma fonte de som.
O conceito não é novo, mas o pesquisador desconhece próteses auditivas no mercado com essa aplicação. Segundo ele, o aparelho provavelmente poderia ser utilizado por todas as pessoas que utilizam as próteses convencionais.
Limitações
Um dos problemas para sua aplicação é o tamanho -- os microfones pedem um espaçamento que está relacionado com a qualidade do som. “O equipamento ideal seria grande para a utilização no dia-a-dia. Por isso, vamos partir desse tamanho necessário e ir diminuindo, verificando as perdas de qualidade e vendo se isso vale à pena”, explica Zelenovsky. A intenção da equipe e incorporar o aparelho a um objeto comum, como óculos. “Deste modo, o usuário poderia, por exemplo, olhar para a fonte de som escolhida, acionar um dispositivo, e então a prótese passaria a privilegiar as ondas vindas desta direção.”
O seguimento do som é outra questão que merece destaque. Mesmo conseguindo determinar a fonte escolhida, há problemas para segui-la se ela estiver em movimento, no caso de um professor na sala de aula. Além disso, o sistema também deve conseguir acompanhar o locutor mesmo que a base mude de posição -- no mesmo exemplo, seria necessário continuar seguindo a voz do professor, mesmo que o aluno se movesse. “Em testes, já conseguimos a primeira etapa, seguir o som com a base parada. Mas continuamos em processo de desenvolvimento”, explica o professor.
O novo aparelho auditivo ainda está em processo de desenvolvimento e não há prazo para seu lançamento, devido à necessidade de financiamento. Zelenovsky afirma que o projeto está sendo direcionado para a construção de um dispositivo de preço acessível -- porém, devido à sua complexidade, o valor deve ser superior ao das próteses atualmente utilizadas.
Um novo aparelho auditivo capaz de selecionar um som específico que o usuário queira ouvir, melhorando sua qualidade de vida em ambientes com muitos ruídos, está sendo desenvolvido por pesquisadores da Universidade de Brasília (UnB). A novidade ainda está em processo de construção do protótipo, mas deve permitir no futuro que um aluno em sala de aula, por exemplo, escolha a direção de sensibilidade da prótese para a voz da professora. Deste modo, mesmo que ela ou o aluno se movam, o aparelho “ressaltaria” sua voz, eliminando outros barulhos. “Na prótese convencional, o aparelho amplifica todos os sons. A idéia é que o usuário possa escolher qual locutor quer ouvir. Em simulações, ele funciona. Vamos agora para a aplicação prática, tentando contornar problemas como qualidade, tipo de processamento, tempo e tamanho”, disse ao G1 Ricardo Zelenovsky, professor adjunto do Departamento de Enegenharia Elétrica da UnB, coordenador do projeto, que também conta com a participação de alunos.
A construção do aparelho é baseada em uma série de microfones, com um certo espaçamento entre eles. O som, uma onda que se propaga pelo ar, chega com variedades de atraso aos microfones, dependendo de sua direção. Por eles, é possível construir um algoritmo que deixa passar sinais com determinados atrasos e rejeita os dos demais -- o sinal escolhido fica melhor do que os outros. Por isso, o sistema seria melhor para ambientes nos quais o usuário quer escutar apenas uma fonte de som.
O conceito não é novo, mas o pesquisador desconhece próteses auditivas no mercado com essa aplicação. Segundo ele, o aparelho provavelmente poderia ser utilizado por todas as pessoas que utilizam as próteses convencionais.
Limitações
Um dos problemas para sua aplicação é o tamanho -- os microfones pedem um espaçamento que está relacionado com a qualidade do som. “O equipamento ideal seria grande para a utilização no dia-a-dia. Por isso, vamos partir desse tamanho necessário e ir diminuindo, verificando as perdas de qualidade e vendo se isso vale à pena”, explica Zelenovsky. A intenção da equipe e incorporar o aparelho a um objeto comum, como óculos. “Deste modo, o usuário poderia, por exemplo, olhar para a fonte de som escolhida, acionar um dispositivo, e então a prótese passaria a privilegiar as ondas vindas desta direção.”
O seguimento do som é outra questão que merece destaque. Mesmo conseguindo determinar a fonte escolhida, há problemas para segui-la se ela estiver em movimento, no caso de um professor na sala de aula. Além disso, o sistema também deve conseguir acompanhar o locutor mesmo que a base mude de posição -- no mesmo exemplo, seria necessário continuar seguindo a voz do professor, mesmo que o aluno se movesse. “Em testes, já conseguimos a primeira etapa, seguir o som com a base parada. Mas continuamos em processo de desenvolvimento”, explica o professor.
O novo aparelho auditivo ainda está em processo de desenvolvimento e não há prazo para seu lançamento, devido à necessidade de financiamento. Zelenovsky afirma que o projeto está sendo direcionado para a construção de um dispositivo de preço acessível -- porém, devido à sua complexidade, o valor deve ser superior ao das próteses atualmente utilizadas.
sábado, 12 de maio de 2007
Experimento revela segredo dos morcegos

Movimento de asas dos mamíferos é totalmente diferente do das aves, revela estudo.Animais foram filmados em túnel de vento cheio de 'neblina' e luzes de laser
Sem a chance de usar as penas para facilitar seu vôo, os morcegos desenvolveram sua própria solução "tecnológica" para se tornarem máquinas voadoras hábeis, afirma um estudo na revista "Science" desta semana. Em alguns momentos, os bichos praticamente viram do avesso as asas para conseguir um vôo energeticamente eficiente.
Os cientistas sempre se perguntaram como os morcegos conseguem manobrar de forma tão precisa no ar sem algumas das vantagens das aves, como penas que se abrem para deixar o ar passar durante a batida de asas. Para entender como os morcegos voam tão bem sem essa "aparelhagem", a equipe liderada por Anders Hedenström, da Universidade Lund, na Suécia, usou uma espécie pequena que se alimenta de néctar, o morcego Glossophaga soricina.
Em experimentos, o bicho foi posto para voar numa instalação permeada por uma névoa e por feixes de laser, que permitiam aos cientistas ver a interação entre as asas do bicho e o ar. A análise das imagens permitiu comprovar que os bichos geram vórtices ("redemoinhos") específicos de ar em torno de suas asas, chegando a virar parte delas do avesso durante o vôo. O truque permite que, mesmo com poucas batidas de asas, eles permaneçam no ar de forma eficiente.
Os cientistas sempre se perguntaram como os morcegos conseguem manobrar de forma tão precisa no ar sem algumas das vantagens das aves, como penas que se abrem para deixar o ar passar durante a batida de asas. Para entender como os morcegos voam tão bem sem essa "aparelhagem", a equipe liderada por Anders Hedenström, da Universidade Lund, na Suécia, usou uma espécie pequena que se alimenta de néctar, o morcego Glossophaga soricina.
Em experimentos, o bicho foi posto para voar numa instalação permeada por uma névoa e por feixes de laser, que permitiam aos cientistas ver a interação entre as asas do bicho e o ar. A análise das imagens permitiu comprovar que os bichos geram vórtices ("redemoinhos") específicos de ar em torno de suas asas, chegando a virar parte delas do avesso durante o vôo. O truque permite que, mesmo com poucas batidas de asas, eles permaneçam no ar de forma eficiente.
Grupo vê estrela nascida logo após o Big Bang

Grupo vê estrela nascida logo após o Big Bang
Hoje idoso, objeto surgiu "só" 500 milhões de anos após a origem do Universo. Estudo dá pistas de como deve ter sido a química no princípio do cosmos.
Um grupo de astrônomos nos Estados Unidos acaba de descobrir uma estrela que por pouco não foi "testemunha ocular" do início do Universo. Enquanto estima-se que o famoso Big Bang tenha ocorrido cerca de 13,7 bilhões de anos atrás, esse astro recém-identificado parece estar por aí pelos últimos 13,2 bilhões de anos. Trata-se de um astro chamado HE 1523-0901, localizado na borda da Via Láctea, a galáxia na qual o Sistema Solar está inserido. A estrela anciã no momento vive a fase conhecida como "gigante vermelha" -- uma das últimas etapas na vida de astros similares ao Sol. "É verdade, mas essa estrela ainda vai estar aí por um bom tempo", disse ao G1 a astrônoma alemã Anna Frebel, da Universidade do Texas. Ela liderou a pesquisa, que saiu publicada na última edição do periódico científico "Astrophysical Journal". A HE 1523-0901 é um pouco menor que o Sol (com 80% de sua massa) e, por isso, vive naturalmente um pouco mais que ele. Para calcular a idade de uma estrela dessas, os cientistas têm de confiar num método parecido com o do carbono-14 (velho conhecido das datações arqueológicas), só que adaptado para as escalas de tempo cósmicas. A idéia por trás de ambos os sistemas é que certos elementos possuem um tempo de vida médio, antes de decaírem e se transformarem em outros átomos. Sabendo em que tempo médio certos átomos levam para virar outros e comparando a proporção entre um e outro tipo numa dada amostra, é possível estimar há quanto tempo eles estão por lá.
Foi justamente comparando as presenças de átomos de urânio e tório (elementos radioativos, que tendem a se transformar) com chumbo (o resultado), usando como calibradores os elementos estáveis európio, ósmio e irídio, que Frebel e seus colegas conseguiram extrair a idade dessa estrela: ela nasceu apenas cerca de 500 milhões de anos após o Big Bang. As observações foram feitas do Observatório Europeu do Sul, no Chile.
Ilustração mostra como "relógios cósmicos" de elementos radioativos podem ser usados para cálculo da idade estelar
Química cósmica
Embora seja muito velha, essa estrela certamente não foi a primeira a surgir no Universo. Ela foi precedida por outras, ainda mais antigas, que já não existem mais -- elas teriam sido compostas apenas pelos elementos originários da "grande explosão" que deu início ao cosmos: hidrogênio e hélio. A partir dessa matéria-prima, elas criaram os demais elementos químicos (processo conhecido como "nucleossíntese").
Mas essas estrelas pioneiras tiveram vida curtíssima (cerca de 1 milhão de anos), após o quê explodiram, produzindo as primeiras supernovas. Na explosão, os elementos pesados foram espalhados pelo cosmos, para que pudessem ser incorporados à geração seguinte de estrelas -- da qual o astro recém-descoberto faz parte. Encontrar um astro tão antigo quanto a HE 1523-0901 é raríssimo. Até hoje, somente uma outra estrela tem idade semelhante -- foi um astro do mesmo tipo descoberto em 2001 por um grupo que teve a participação de Beatriz Barbuy, astrônoma da Universidade de São Paulo. E o mais engraçado é que os cientistas têm "segundas intenções" sobre essas estrelas -- não é só questão de estudá-las; eles querem usá-las para sondar indiretamente o que estava rolando no Universo antes. "Um dos nosso objetivos é descobrir e entender o que estava acontecendo, quimicamente, após o Big Bang", diz Frebel. "Essa informação química pode ser extraída de astros desse tipo."
Hoje idoso, objeto surgiu "só" 500 milhões de anos após a origem do Universo. Estudo dá pistas de como deve ter sido a química no princípio do cosmos.
Um grupo de astrônomos nos Estados Unidos acaba de descobrir uma estrela que por pouco não foi "testemunha ocular" do início do Universo. Enquanto estima-se que o famoso Big Bang tenha ocorrido cerca de 13,7 bilhões de anos atrás, esse astro recém-identificado parece estar por aí pelos últimos 13,2 bilhões de anos. Trata-se de um astro chamado HE 1523-0901, localizado na borda da Via Láctea, a galáxia na qual o Sistema Solar está inserido. A estrela anciã no momento vive a fase conhecida como "gigante vermelha" -- uma das últimas etapas na vida de astros similares ao Sol. "É verdade, mas essa estrela ainda vai estar aí por um bom tempo", disse ao G1 a astrônoma alemã Anna Frebel, da Universidade do Texas. Ela liderou a pesquisa, que saiu publicada na última edição do periódico científico "Astrophysical Journal". A HE 1523-0901 é um pouco menor que o Sol (com 80% de sua massa) e, por isso, vive naturalmente um pouco mais que ele. Para calcular a idade de uma estrela dessas, os cientistas têm de confiar num método parecido com o do carbono-14 (velho conhecido das datações arqueológicas), só que adaptado para as escalas de tempo cósmicas. A idéia por trás de ambos os sistemas é que certos elementos possuem um tempo de vida médio, antes de decaírem e se transformarem em outros átomos. Sabendo em que tempo médio certos átomos levam para virar outros e comparando a proporção entre um e outro tipo numa dada amostra, é possível estimar há quanto tempo eles estão por lá.
Foi justamente comparando as presenças de átomos de urânio e tório (elementos radioativos, que tendem a se transformar) com chumbo (o resultado), usando como calibradores os elementos estáveis európio, ósmio e irídio, que Frebel e seus colegas conseguiram extrair a idade dessa estrela: ela nasceu apenas cerca de 500 milhões de anos após o Big Bang. As observações foram feitas do Observatório Europeu do Sul, no Chile.
Ilustração mostra como "relógios cósmicos" de elementos radioativos podem ser usados para cálculo da idade estelar
Química cósmica
Embora seja muito velha, essa estrela certamente não foi a primeira a surgir no Universo. Ela foi precedida por outras, ainda mais antigas, que já não existem mais -- elas teriam sido compostas apenas pelos elementos originários da "grande explosão" que deu início ao cosmos: hidrogênio e hélio. A partir dessa matéria-prima, elas criaram os demais elementos químicos (processo conhecido como "nucleossíntese").
Mas essas estrelas pioneiras tiveram vida curtíssima (cerca de 1 milhão de anos), após o quê explodiram, produzindo as primeiras supernovas. Na explosão, os elementos pesados foram espalhados pelo cosmos, para que pudessem ser incorporados à geração seguinte de estrelas -- da qual o astro recém-descoberto faz parte. Encontrar um astro tão antigo quanto a HE 1523-0901 é raríssimo. Até hoje, somente uma outra estrela tem idade semelhante -- foi um astro do mesmo tipo descoberto em 2001 por um grupo que teve a participação de Beatriz Barbuy, astrônoma da Universidade de São Paulo. E o mais engraçado é que os cientistas têm "segundas intenções" sobre essas estrelas -- não é só questão de estudá-las; eles querem usá-las para sondar indiretamente o que estava rolando no Universo antes. "Um dos nosso objetivos é descobrir e entender o que estava acontecendo, quimicamente, após o Big Bang", diz Frebel. "Essa informação química pode ser extraída de astros desse tipo."
Papa admite fuga de fiéis, mas critica reformistas
Em encontro com bispos nesta sexta, o papa Bento 16 falou, pela primeira vez desde que chegou ao Brasil, diretamente da questão da diminuição do número de católicos. Bento 16 apontou o secularismo e, principalmente, a falta de empenho evangelizador como principais causas do problema. Mas apontou posições conservadoras como soluções, criticando os movimentos de reforma dentro da própria Igreja. O encontro reuniu religiosos na catedral da Sé, no centro de São Paulo, e foi o último evento de Bento 16 na capital paulista. O papa chegou ao centro de São Paulo de papamóvel, e segue da mesma forma para o Campo de Marte, onde embarca em um helicóptero para a cidade de Aparecida, onde tem compromissos no fim de semana.Ao destacar o problema da dissidência de fiéis católicos, disse "parecer claro" que a causa principal do problema estaria na "falta de uma evangelização em que Cristo e a sua Igreja estejam no centro de toda explanação". Essa falta de força evangelizadora da própria Igreja seria o que, na opinião de Bento 16, faria com que os "batizados não suficientemente evangelizados" se tornassem "incapazes de resistir" ao "proselitismo agressivo das seitas".Em uma tentativa de aumentar esta "força evangelizadora", a Igreja Católica defende a obrigatoriedade do ensino de religião na escola pública brasileira. Pressões seculares MISSA DE CANONIZAÇÃO Papa beija altar no início da missa em que o primeiro santo brasileiro foi consagrado Mais de 800 mil pessoas foram ao Campo de Marte para a canonização Mas o papa criticou também as pressões seculares e sua influência social e política. Ele disse que as uniões livres e o divórcio são uma "ferida". "Como não sentir tristeza em nossas almas?", completou. "É verdade que os tempos de hoje são difíceis para a Igreja e muitos dos seus filhos estão atribulados. A vida social está atravessando momentos de confusão desnorteadora", disse."Ataca-se impunemente a santidade do matrimônio e da família, iniciando-se por fazer concessões diante de pressões capazes de incidir negativamente sobre os processos legislativos; justificam-se alguns crimes contra a vida em nome dos direitos da liberdade individual."Bento 16 manteve a mesma linha ao criticar ainda movimentos reformistas dentro da Igreja, falando explicitamente daqueles que questionam a necessidade do celibato para seus sacerdotes, "dando-se preferência às questões ideológicas e políticas, inclusive partidárias". Mas outros movimentos, como a Teologia da Libertação, também foram indiretamente criticados no discurso que pede menos flexibilidade na vivência religiosa: "não basta observar a realidade a partir da fé; é preciso trabalhar com o Evangelho nas mãos e fundamentados na correta herança da Tradição Apostólica, sem interpretações movidas por ideologias racionalistas", declarou.No que se refere ao celibato apostólico, o Papa demonstrou que não aprova qualquer questionamento desse princípio "no seio da Igreja". O pontífice alerta, no caso dos jovens sacerdotes, que um "assíduo acompanhamento espiritual é indispensável para favorecer o amadurecimento humano e evita os riscos de desvios no campo da sexualidade", disse. "O celibato é um dom que a Igreja recebeu e quer guardar, convencida de que ele é um bem para ela e para o mundo", concluiu.SocialOs princípios da Igreja também foram cobrados por Bento 16 no combate à pobreza e desigualdade social no país, não apenas nas ações dos fiéis, mas também de políticos e empresários. "Uma visão da economia e dos problemas sociais, a partir da perspectiva da doutrina social da igreja, leva a considerar as coisas sempre do ponto de vista da dignidade do homem", disse. "Deve-se, por isso, trabalhar incansavelmente para a formação dos políticos, dos brasileiros que têm algum poder decisório, grande ou pequeno e, em geral, de todos os membros da sociedade, de modo que assumam plenamente as próprias responsabilidades e saibam dar um rosto humano e solidário à economia."Mas pela caridade também passaria o esforço evangelizador citado inicialmente, segundo Bento 16. "O povo pobre das periferias urbanas ou do campo precisa sentir a proximidade da igreja, seja no socorro das suas necessidades mais urgentes, como também na defesa dos seus direitos e na promoção comum de uma sociedade fundamentada na justiça e na paz", afirmou.
Papa canoniza 1º santo brasileiro e exalta "belo exemplo" de Frei Galvão
MISSA DE CANONIZAÇÃO Papa beija altar no início da missa em que o primeiro santo brasileiro foi consagrado Mais de 800 mil pessoas foram ao Campo de Marte para a canonização Em cerimônia celebrada pelo papa Bento 16 e presenciada por cerca de 800 mil fiéis no Campo de Marte, em São Paulo, o primeiro santo nascido em território nacional foi consagrado: Santo Antonio de Sant'Anna Galvão, novo nome pelo qual passará a ser conhecido o Frei Galvão."Declaramos e definimos como santo o beato Antônio de Sant'Anna Galvão. O inscrevemos na lista dos santos e estabelecemos que em toda a igreja ele seja devotamente honrado entre os santos", declarou o papa.Após os rituais que consagraram o santo brasileiro, como a leitura de textos litúrgicos, sessões de canto gregoriano e música ecumênica, que duraram mais de uma hora, Bento 16 pronunciou-se, enaltecendo o homenageado."Galvão era zeloso, sábio e prudente, uma característica de quem ama de verdade. A conversão dos pecadores era a grande paixão de nosso santo", disse o papa durante a cerimônia. "Sinto-me feliz porque a elevação de Frei Galvão aos altares ficará para sempre emoldurada na liturgia que hoje a Igreja nos oferece".As pessoas já se aglomeraram na porta do Campo de Marte às 23h de quinta-feira. Os portões foram abertos às 2h e, durante a madrugada, a multidão foi embalada por padres carismáticos, ala que utiliza cantos e danças para reverenciar Cristo. Foi para essas pessoas que o papa Bento 16 dirigiu um discurso austero, pedindo uma vida casta, como fez no estádio do Pacaembu no dia anterior."Que belo exemplo a seguir deixou-nos Frei Galvão. Como soam atuais para nós que vivemos numa época tão cheia de hedonismo, as palavras que aparecem na cédula de consagração de sua castidade 'tirai-me antes a vida que ofender o vosso bendito Filho, meu Senhor'. São palavras fortes, de uma alma apaixonada, que deveriam fazer parte da vida normal de cada cristão, seja ele consagrado ou não, e que despertam desejos de fidelidade a Deus, dentro e fora do matrimônio". "QUE BELO SOL", DIZ PAPA De manhã, momentos antes de deixar o Mosteiro de São Bento, o papa saudou os fiéis e festejou o dia ensolarado. "Que belo sol", disse, na sacada blindada do local em que está hospedado em São Paulo.Por volta das 9h, Bento 16 chegou ao Campo de Marte em um veículo fechado. Em seguida, entrou no papamóvel e desfilou, acenando e sorrindo, para os fiéis, por cerca de 15 minutos, até chegar ao palco para a celebração da missa.Mais tarde, após a consagração do primeiro santo brasileiro, Bento 16 manteve a simpatia exibida na visita ao país. "Alegra-me que através dos meios de comunicação minhas palavras e expressões do meu afeto possam entrar em cada casa e em cada coração. Tenham certeza: o papa vos ama. E ama porque Jesus Cristo vos ama", disse o papa, antes de iniciar a leitura de seu discurso.Bento 16, então, elogiou a "imensa caridade" de Galvão por "servir o povo sempre quando era solicitado" e convocou os presentes a renovar "com profunda humildade, nossa fé, como fazia Frei Galvão, em atitude de constante adoração".A estimativa da Polícia Militar é que havia 800 mil pessoas, enquanto a SPTuris, que participou da organização, calculou a presença de 1,2 milhão de fiéis -ambos os números abaixo da expectativa da Igreja, que esperava 1,5 milhão. Entre os que assistiram à missa, estavam nove freiras enclausuradas, que vivem atrás de grades no Mosteiro da Luz e receberam permissão para comparecer à celebração. As religiosas ficaram em área isolada, longe da imprensa.Também compareceram à cerimônia entre 300 e 400 parentes do novo santo, que vieram em dez ônibus de Guaratinguetá e ficaram em uma área reservada, assim como os deficientes e religiosos. "A vida do Brasil vai mudar com o santo brasileiro. A força do Brasil é imensa", disse Cecília Leite Galvão. Eles foram os principais contribuintes para bancar o processo de canonização do ascendente.O primeiro santo brasileiroSanto Antonio de Sant'Anna Galvão nasceu em Guaratinguetá, interior de São Paulo, em 1739, e morreu em 1822. Vivo, já era chamado de santo, mas o status oficial só chegou agora, quase dois séculos depois de sua morte."As características marcantes de Frei Galvão eram a bondade e a caridade", afirma Irmã Célia, responsável pela reunião de documentos que permitiram a santificação do brasileiro e que, nesta sexta, subiu ao palco e beijou a mão de Bento 16. DATAS DA VIDA DE SANTOANTONIO DE SANT'ANNA GALVÃO 1739 Antônio Galvão de França nasce em 1739, em Guaratinguetá (SP). 1752: Ingressa no Seminário dos Padres Jesuítas na Bahia, onde permanece até 1756. 1760: Recebe o hábito de São Francisco, no Rio de Janeiro. Pouco depois, muda-se para São Paulo 1774: Funda o Recolhimento de Nossa Senhora da Conceição, mais conhecido como Mosteiro da Luz, na capital paulista 1798: É definido pelos legisladores paulistas como "homem da paz e da caridade". 1822: Morre. É enterrado no Mosteiro da Luz Uma das grandes obras da vida do santo foi a construção do Mosteiro da Luz, entre 1774 e 1802 sob o comando de Frei Galvão. Mesmo sem conhecimentos arquitetônicos, o religioso fez o papel de projetista e engenheiro, além de atuar como mestre-de-obras e pedreiro.Frei Galvão costumava percorrer várias cidades a pé e era bastante procurado pelos doentes. Entre 1785 e 1788, em suas andanças, surgiu a inspiração para suas famosas pílulas - na verdade, pequenas tiras de papel com uma oração em latim para a Virgem Maria: "Depois do parto, Ó Virgem, permaneceste intacta: Mãe de Deus, intercede por nós!". Conta-se que o religioso teria encontrado um rapaz à beira da morte, sofrendo com cólicas renais. Em um pedaço de papel, ele escreveu a oração e pediu que o enfermo a tomasse como remédio. O jovem então expeliu um grande cálculo. Em outro caso, um senhor teria pedido socorro para a mulher, que estava com complicações no parto. Novamente, a cura passou pelo papel com a oração para a Virgem Maria.As pílulas também estão por trás dos dois milagres que levaram o religioso à beatificação e à canonização. Uma cura de 1990 rendeu a Frei Galvão o título de beato oito anos depois. Em 1999, um novo caso legitimou a canonização. Ambos os milagres, portanto, ocorridos mais de 150 anos após sua morte.*colaborou Gabriela Sylos
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